PNL e a cura de doenças

Como afirmamos em artigos anteriores, todo comportamento tem uma intenção positiva. E no caso das doenças não é diferente.

Podemos interpretar uma doença como sendo uma mensagem que parte de uma pessoa e a ela mesma é dirigida. Assim sendo, uma dor de cabeça, depois de um dia muito estressante, pode conter uma mensagem como “descanse um pouco”, “relaxe”, etc.

A maioria das pessoas está habituada a desconsiderar as mensagens contidas nas doenças ou dores e a buscar alívio imediato dos sintomas (através de analgésicos, por exemplo).

Se imaginarmos que a dor (ou o sintoma) é um apelo de uma das partes de uma pessoa, se ela não o escuta, então aquela parte poderá começar a “gritar”, ou seja, seus sintomas poderão piorar. É assim que aquela “dorzinha” se transforma num quadro mais grave.

Sempre que negligenciamos o apelo de nossas partes internas, e o termo partes aqui se refere tanto a partes orgânicas como àquelas partes de nossa personalidade, desrespeitamos nossa ecologia interna, aquela que busca o nosso equilíbrio (leia o artigo anterior).

Por exemplo, M. trabalha em uma empresa e suas atividades têm sido bastante desgastantes nos últimos meses. Ele nota que está mais cansado do que antes, no final do dia, mas atribui isso ao calor, e assim “vai levando”. Há dias em que sente dor de cabeça e então toma um analgésico (qualquer um que estiver à mão). O alívio costuma ser imediato, mas em geral M. necessita de outra dose após algumas horas. Ultimamente ele tem notado que está com dificuldades para respirar quando sobe escadas. É bem verdade que tem fumado muito, pois o cigarro é a única alternativa que ele conhece para driblar a ansiedade. Ele promete a si mesmo parar de fumar e fazer exercícios – promessa essa que é sempre adiada: “No ano que vem…”, “Nas férias…”, ou “Na segunda-feira, sem falta…”. Até que um dia ele tem um infarto.

No exemplo acima, as partes internas de M. fizeram de tudo para avisá-lo que ele não estava se respeitando, que ele precisava descansar e cuidar melhor de si mesmo. Como ele não ouviu, suas partes “gritaram”.

Desta forma, uma doença não é algo que acontece a alguém, como se viesse de fora, mas um processo que tem início na própria pessoa, sinalizando que seu equilíbrio foi perturbado e que algo precisa ser feito para restaurá-lo.

É fato que quando as pessoas estão mais fragilizadas, deprimidas ou estressadas, ficam muito mais suscetíveis a doenças. Condições ambientais adversas, pensamentos e sentimentos negativos e persistentes, tudo isso contribui para o aparecimento de doenças.

No caso de pacientes com câncer, em geral observa-se que eles enfrentaram algum evento estressante entre seis e dezoito meses antes do aparecimento da doença. Pode ser, por exemplo, a morte de uma pessoa próxima, chegada da aposentadoria, ou ainda quando os filhos saem de casa ao ingressarem na universidade.

Com isso não estamos afirmando que toda pessoa que enfrentar um estresse ficará doente. O que faz a diferença aqui é a maneira como cada um reage ao estresse. Que alternativas dispõe para lidar com a situação, que saídas encontra.

Também as crenças que uma pessoa possui são determinantes para o aparecimento de doenças. Se alguém acredita que fumar provoca câncer, ou seja, se a cada vez que acender um cigarro reforçar a idéia de que ele vai matá-lo, provavelmente desenvolverá a doença. Possivelmente isso explique por que há pessoas que fumam e que não têm câncer, ao passo que outras, que não fumam ou que há muito tempo deixaram de fumar, adoecem e morrem dessa doença. Todavia esclarecemos que não basta afirmar “Comigo isso não acontecerá”. Uma crença é algo muito mais forte do que uma simples afirmação.

Um outro exemplo de crença, bastante comum entre pacientes com câncer, é “Quase todos em minha família morreram de câncer, portanto, eu também terei câncer”. Uma pessoa com uma crença como esta tem grande probabilidade de desenvolver câncer, a menos que consiga modificá-la.

Para exemplificar o poder das crenças, foram realizadas várias experiências com placebos (placebos são substâncias absolutamente inócuas, tais como pílulas de açúcar ou farinha, ministradas a pessoas às quais é dito que trata-se de um determinado medicamento). Os resultados destas experiências em geral apontam que as pessoas que receberam placebo têm índices de cura (ou de melhora dos sintomas) semelhantes àqueles que receberam medicamentos verdadeiros. Conclui-se que as crenças que uma pessoa tem sobre a eficácia de determinado medicamento podem ser até mais poderosas que o próprio medicamento.

O que a PNL propõe para a cura do câncer e de outras doenças é o reconhecimento da intenção positiva que existe por trás da doença, a identificação da mensagem que ela traz consigo e das crenças que possibilitaram o seu aparecimento. Não se trata apenas de curar a doença, o sintoma, mas de promover o crescimento de ser humano, uma reorganização de todas as suas partes.

Sobre esse assunto recomendamos o livro CRENÇAS: CAMINHOS PARA A SAÚDE E O BEM-ESTAR, de Robert Dilts, Tim Hallbom e Suzi Smith (Ed. Summus), um livro de PNL em que são descritos tratamentos de alergias, AIDS e câncer. Recomendamos também os livros AMOR, MEDICINA E MILAGRES, de Bernie Siegel (Ed. Best Seller) e COM A VIDA DE NOVO , de O. Carl Simonton, Stephanie M. Simonton e James L. Creightor (Ed. Summus). Nestes dois livros (que não pertencem à PNL) são utilizadas muitas das técnicas da PNL, algumas delas ensinadas aos autores pessoalmente por Richard Bandler e por John Grinder (os criadores da PNL). O que se propõe nesses livros não é um substituto para o tratamento médico convencional (que aliás é recomendado pelos autores, ambos médicos), mas um aliado que pode ser considerado, em muitos casos, o elemento que faltava para que se desse a cura.

Esclarecemos ainda que não se trata do tão popular “poder da mente”, pelo menos não da forma como muitos o concebem (repetição de frases positivas, otimismo, etc.). O tratamento geralmente costuma causar modificações radicais na vida do doente, à medida em que lhe mostra aspectos até então negligenciados por ele.

Não é possível curar um doente com câncer se ele não quiser. E querer aqui pode significar estar disposto a enfrentar aspectos e mudanças difíceis, tais como mudar de emprego (ou de profissão), se isso for necessário para que o paciente se sinta feliz e motivado; separar-se de pessoas queridas para ir em busca da realização de um sonho, de um ideal; aprender a dizer NÃO (e a dizer SIM), etc..

Os sucessos obtidos com estas abordagens são bastantes animadores e apontam um caminho a muitas pessoas para as quais já não havia mais nenhum.

Basicamente, as técnicas utilizadas para a cura do câncer consistem em grupos terapêuticos, nos quais os pacientes se reúnem sistematicamente para poderem conhecer, com a ajuda do grupo, qual é a mensagem da doença para a sua vida e quais as crenças que fizeram com que ela aparecesse. Recebem também orientações sobre dietas e exercícios físicos, importantes aliados do tratamento. São realizados também exercícios de relaxamento, meditação e visualização (os pacientes visualizam, imaginam, seu sistema imunológico reagindo adequadamente à doença).

Concluindo, saber interpretar a intenção positiva que existe por trás de uma doença pode promover não apenas a sua cura como também o crescimento interior do ser humano e a transformação de sua vida.

Nelly Beatriz M. P. Penteado é Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolingüística (PNL)

 

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