Crespúsculo Corporativo

Você já deve ter assistido alguns dos filmes da saga crepúsculo. Se não, pelo menos já deve ter visto alguns dos clássicos do Conde Drácula.

Na saga Crepúsculo, Edward e Bela protagonizam um belo romance de vampiros modernos e com super poderes. E você acredita em vampiros? Não? É eu também não acreditava.
Você já ouviu falar em vampirismo?

O vampirismo é uma palavra abrangente que refere a uma antiga tradição de vampiros fundada no Antigo Egito.

Está relacionado também ao ato e forma de retirar a energia ou sangue de outra pessoa, de forma involuntária pelo meio de ataque vampírico, ou de forma voluntária pelo intermédio de doadores. Por alguns é considerado uma doença, mas para outros é a forma comum para adquirir o seu sustento. Durante minhas andanças pelo meio corporativo conheci alguns vampiros. Eles são muito parecidos como nós simples mortais. Os olhos não mudam de cor, não tem pele fria (apesar de serem) e nem dá para ver os dentes pontiagudos. Ao contrário do que reza a lenda, eles tem reflexo quando se olham no espelho e têm pulsação normal.

Você deve estar se perguntando como eu posso ter certeza de que eles eram vampiros? Vou te explicar.

O vampiro corporativo tem uma técnica especial de aproximação. Mostra-se preocupado com você e o seu bem estar. Geralmente ele se utiliza a seguinte abordagem “será que você poderia me ajudar com um projeto, já que você é tão inteligente e tão experiente neste assunto….”. É visto como um grande amigo e alguém muito prestativo.

As fêmeas desta espécie são dotadas de grande beleza e essa é a sua principal arma para conseguir o que querem. Levantam a bandeira do companheirismo e colaboração, mas estão preocupadas somente em tirar vantagem, sugar a sua energia e sangue. Com um jeito hipnótico, se aproximam de suas presas sempre solicitando um favor, uma coisinha, de forma que a presa faça todo o trabalho e ela, ao fim, receba os louros.

Os vampiros corporativos têm um único objetivo: sugar a sua energia para o seu próprio deleite. Os vampiros só conhecem o pronome pessoal do singular “EU”.

Eles evoluíram. Atualmente se alimentam de conhecimento e tempo. Com a desculpa da colaboração para gerar um conhecimento interdisciplinar, eles atacam. Preferem os ambientes menos organizados, com baixa eficiência operacional, baixo gerenciamento e rotinas mal definidas.

Cuidado! Talvez você esteja sendo vítima de vampirismo. Ao contrário do que a lenda diz alho, água benta e nem a cruz são eficazes para espantar essas criaturas monstruosas. A melhor forma de lidar com os vampiros corporativos é tentar manter a distância. Mas se o convívio for inevitável, a melhor forma de se relacionar com alguém assim é definindo exatamente o papel dele na equipe, com metas claras e objetivas.

Mas não se deixe enganar, vampiro que é vampiro não se apresenta com os dentes à amostra. Eles lêem e acham graça de artigos como esse, dizendo que isso tudo é uma bobagem… e talvez seja mesmo.

A propósito, já que você é tão inteligente e tão experiente neste assunto, será que você poderia me ajudar com um projeto…

Robson Vitorino é palestrante, professor, articulista e consultor nas áreas de Marketing, Comunicação, Liderança e Gestão de Pessoas – www.robsonvitorino.com.br

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