Âncoras e estratégias

Estive imerso nas duas últimas semanas em estudar dois temas de grande valor dentro do universo da PNL: Âncoras e Estratégias – duas ferramentas importantes para o nosso autogerenciamento e crescimento pessoal. Como de costume, começo meus artigos com perguntas. E a pergunta deste artigo é: “Por que uma atividade, um projeto ou mesmo uma palestra com um nível melhor, obtém menos sucesso do que uma com um nível aquém das expectativas?”.

Com esse questionamento pude notar que um medo frequente, não só nas salas de PNL, é o medo de falar em público. Muitos se sentem retraídos até para se apresentarem aos demais, suam frio e tremem simplesmente para dizerem seus nomes.

A PNL possui ferramentas eficazes para mudar esses comportamentos e investigar as possíveis causas que limitam e muitas vezes prejudicam o sujeito a vender, ou apresentar seus trabalhos perante o público.

Gostaria agora de introduzir o conceito de Âncoras e vou descrever a técnica de auto-ancoragem “Círculo de Excelência”, que nos momentos anteriores às apresentações pode ser feita rapidamente, produzindo um resultado satisfatório e, como embutido no nome da técnica, fornecer uma boa dose de coragem. Uma âncora é qualquer estímulo ou representação tanto externa quanto interna, que gera determinada reação ou estado interno. As âncoras podem ocorrer com naturalidade ou serem criadas para fins específicos.

Círculo de Excelência

Antes de começar, ancoragem é a técnica da PNL utilizada para criar ou modificar respostas associadas a estímulos. Ou seja, com esta técnica vamos criar um estado desejado para as experiências de falar em público.

1 – Pense e identifique um estado desejado; um estado de excelência e de tranqüilidade para a situação. Relembre um momento em que estava tranqüilo, relaxado, repleto de recursos e bem consigo mesmo.

2 – Projete uma imagem de um círculo na sua frente e preencha com a cor que lhe agrada. O círculo e a cor são objetos metafóricos na técnica. Serve apenas para você intensificar seu estado.

3 – Dê um passo a frente e entre neste círculo. Comece a relembrar o momento em que estava no estado desejado. Intensifique a lembrança e perceba os canais sensoriais. Isto é muito importante.

4 – Saia do círculo e observe a si mesmo dentro dele. Como está o seu estado, sua voz, sua expressão facial, e se preciso, modifique a cena para melhor. Realce a experiência.

5 – Escolha agora uma auto-âncora cinestésica; um toque discreto para poder acioná-lo a qualquer momento. Particularmente, gosto de segurar a ponta do dedo indicador da mão esquerda com o polegar e o indicador da mão direita. O local do toque e a intensidade da força são condições essenciais para uma boa ancoragem.

6 – Volte ao círculo, recupere o estado e ancore.

7 – Separe os estados e teste sua âncora.

Esta técnica pode ser feita sozinho ou com a presença de um guia. Lembrando que as condições para uma boa ancoragem são: (1) ancorar estados intensos e puros, (2) ancorar no auge do estado, (3) escolher um estímulo único, (4) repetir com precisão.

Confiança

Confiança é um elemento chave para o bom desempenho.

Certa vez recebi a incumbência para ministrar uma palestra sobre Mapas Mentais. Apesar de conhecer bem o assunto, me senti desafiado. Nunca havia feito palestras sobre este assunto. Precisamos estar preparados em dois níveis: o de conhecer a matéria e o do preparo psicológico. Estudei alguns dias sobre o tema e como não tinha experiências anteriores como referência, busquei um outro estado de recursos e fiz o Círculo de Excelência. A confiança também vem da experiência. Se você já fez isso uma vez e obteve sucesso, você pode fazer novamente.

Fiz também uma visualização de como gostaria de estar após a palestra e tracei dois objetivos que desejava que o público assimilasse. O primeiro era para cultivarem o tempo livre, concentrarem as energias neste tempo precioso e o outro era para suspenderem por alguns instantes a crença que não sabiam desenhar.

Com a âncora de recursos, os objetivos traçados e a ponte ao futuro, consegui me sair bem na atividade.

Lidando com as Críticas

Quando recebemos uma crítica reagimos de diversas maneiras sem antes nos perguntar: “A crítica do outro foi realmente o que aconteceu?”.

O primeiro passo para lidar com as críticas é recebê-la em segunda posição. Quando estamos em segunda posição podemos analisar com mais cuidado e aproveitar positivamente a crítica do outro. Quem aprende é o nosso outro eu que posteriormente é absorvido.

Essa talvez seja a diferença básica que encontramos nas diversas reações às críticas. As pessoas que reagem bem viam-se a si próprias, ou seja, estavam dissociadas no momento da crítica. Com este distanciamento podiam analisá-la com mais frieza e decidir com mais calma o que fazer. Ao contrário disto, as pessoas que se sentem mal com as críticas imaginam o lado negativo e acabam por interiorizar, sem ao menos passá-la pelo questionamento da consciência.

É muito fácil levar a crítica para o lado pessoal ou dar muita importância a ela. Vale lembrar que a crítica é micro perante o macro universo ao nosso redor. A crítica de um não pode ter o poder tão grande de nos influenciar negativamente.

Conclusão

Vivemos num mundo onde quase tudo se tornou perecível. As pessoas não têm mais tempo para ensinar e nem mesmo conversar. No trabalho, em casa, com a família, as exigências aumentaram e junto vieram as críticas e as cobranças.

A PNL nos ajuda a criar estados. Podemos ressignificar em poucos minutos as nossas emoções, impressões e conclusões sobre determinada experiência. Sempre vamos ter a escolha: deixar ou não as vicissitudes sociais interferirem no nosso emocional. É claro que corre sangue em nossas veias, mas uma análise profunda da situação pode melhorar e muito nossa reação.

Rodrigo Zambom

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