A comunicação nossa de cada dia

Recentemente recebi um convite para uma palestra sobre as FUNÇÕES do ORGASMO, com um sub-título com DEBATES E VIVÊNCIAS. No mesmo instante imaginei como seria essa palestra com uma vivência sobre orgasmo.

Os autores na ânsia de colocar algo que fizesse o leitor ou receptor da comunicação ter a atenção total sobre o assunto ou a ideia provocaram alguns deslizes interessantes e muito, muito preocupantes.

Uma dos principais problemas das organizações é a comunicação. Até este momento nada de novo está sendo acrescentado, entretanto muito pouco tem sido realizado para sair da constatação e partir definitivamente para a ação de correção.

Muitos livros e textos têm sido escritos sobre o assunto, mas de maneira geral continuamos com uma dificuldade nas comunicações internas na organização e principalmente nas comunicações com os clientes.

Internamente podemos realizar algo para esclarecer: uma conversa, um memorando e uma explicação, muitas vezes, resolvem os desentendimentos, embora isso possa trazer alguns resultados desagradáveis e perda de tempo. Já com os nossos clientes pode significar algo bem pior. Atrasos nos contratos, redução das vendas e até a perda do cliente.

Algumas dicas sempre são bem vindas:

– Seja simples e vá direto ao ponto ou assunto. Duas perguntas que podem ajudar: Depois de ler ou ouvir minha comunicação, que ações espero que o meu interlocutor tenha? O que espero que ele faça?

– Evite usar palavras ou expressões superlativas, a não ser que seja realmente “o mais” ou “o maior”, ou “o único”. Enfeitar demais pode significar a perda do ponto – o foco da comunicação. Cuidado com as palavras da moda.

– Avalie se a sua comunicação estará chegando nas pessoas certas. Em outras palavras: quem pode receber? quem precisa receber? quem quer receber?

– Jamais subestime o seu interlocutor, mas não use palavras cujo vocabulário você tem dúvidas que ele domine. Usar uma linguagem técnica ou erudita é somente para quem você tem certeza que sabe o significado das palavras.

– Lembre-se, você é o principal responsável por uma boa ou má comunicação.

– Pense antes de falar e releia antes de mandar uma correspondência.

Assim, ao emitir uma comunicação para uma pessoa ou para um grupo, estaremos contribuindo para o desenvolvimento das organizações. Se elas se desenvolvem, aumentamos nossas vendas, melhoramos nossos relacionamentos, evitamos desentendimentos, ganhamos tempo, crescemos, etc.

As nossas comunicações têm que evitar o círculo vicioso – faz de conta que eu comunico ou expresso algo; e os outros fazem de conta que entendem. Vamos criar um círculo virtuoso.

Armando Ribeiro

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