Dualidade interior

O neto aproxima-se do avô cheio de raiva no coração porque seu melhor amigo havia cometido uma injustiça:

O velho diz:

– “Deixe-me contar-lhe uma história.”

“Muitas vezes senti grande ódio daqueles que ‘aprontaram’ – especialmente quando percebia a maldade ou quando eles não se arrependiam.”

“Todavia, com o tempo aprendi que o ódio nos corrói, mas não fere seu inimigo.”

“É como tomar veneno ao desejar que o inimigo morra.”

“Passei a lutar contra esses sentimentos”.

E o experiente homem continuou:

“Tenho a sensação de que existem dois lobos dentro de mim.”

“Um dos lobos é bom, só quer o bem, e não magoa ninguém.

“Esse lobo vive em harmonia com o universo ao seu redor, e não se ofende, não fica vendo, no que não entende, agressões.”

“Esse lobo só luta quando é certo lutar, e quando luta, o faz da maneira correta.”
“Mas, ah!, o outro lobo é cheio de raiva.”

“Mesmo pequeninas coisas provocam sua ira !”

“Ele briga com todos, o tempo todo, sem motivo.”

“Ele não consegue nem pensar, porque sua raiva e seu ódio são tão grandes que ocupam toda sua energia mental.”

“É uma raiva inútil, porque essa raiva não mudará o mundo !”

“As vezes, é difícil conviver com os dois lobos dentro de mim, porque ambos tentam dominar meu espírito”.

O garoto – atento – olhou intensamente nos olhos do Avô e carinhosamente perguntou:
“Qual deles vence, Vovô?”

O Avô sorriu e respondeu baixinho:

“Aquele que eu alimento mais frequentemente”.

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