Atividade Física com Visualização Criativa

Digamos, por exemplo uma pessoa que está começando uma atividade física, visando entrar em melhor forma.

Ela pode, por exemplo, adicionar ao processo normal de exercício físico um pequeno exercício de visualização, com o objetivo de potencializar o máximo possível o trabalho inconsciente de desenvolvimento muscular. Fazendo isso ela pode economizar em anabolizantes…

De manha cedo, ainda na cama, ao acordar, ainda naquele estado de torpor (estado hipnopômpico) entre o dormir e o totalmente acordado, feche de novo os olhos e respire fundo algumas vezes. Imagine o sangue percorrendo o corpo e oxigenando todos os tecidos e células. Imagine – visualizando e sentindo a sinestesia – as células recebendo um impulso de estímulo e desenvolvimento, através dos filamentos neuroelétricos e conexões neuroquímicas do corpo, desde o cerebelo (localizado na região posterior do crânio, um pouco acima da nuca), pela medula e se espalhando, tal qual uma árvore de Natal que vai se iluminando, até atingir todas as partes do corpo.

Não coloque este impulso como uma ordem na terceira pessoa, tal como “melhorem!” ou “fiquem fortes!”. Ao invés, imagine, escute e sinta tal qual fosse uma onda de força e energia, um agradável choque elétrico, uma iluminação como pequeninas lâmpadas de Natal, uma subvocalização auditiva como “estou indo!”, “estou chegando lá!” no gerúndio e na primeira pessoa.

Fique praticando esta imaginação (visualização criativa) por alguns minutos. Não torne o tempo exagerado, o exercício mental não precisa ser chato. Vale mais a pena dois minutos divertidos do que vinte minutos entediantes.

Ao chegar na academia de ginástica (ou no calçadão da praia, ou na quadra, parque ou mesmo no seu próprio quarto, em frente ao espelho), antes de fazer um exercício específico, visualize-se internamente fazendo o exercício e sentindo os benefícios metabólicos dele: o coração, os pulmões funcionando melhor, a corrente sanguínea fluindo mais, as reservas adiposas se derretendo tal como manteiga em chapa quente e se transformando em energia real, disponível imediatamente. Esta imaginação pode ser bem rápida, e direcionada para a musculatura específica que será exercitada.

Por último, ao acabar a série de exercícios, ao fazer o relaxamento e alongamento final, dedique-se a fazer uma ponte-ao-futuro: imagine-se como se sentirá no novo corpo que está esculpindo, em uma data específica no futuro.

O importante é ter uma reação associada, isto é, sentindo-se DENTRO do corpo, e não se percebendo de fora, como se visse a si mesmo à distância.

Ao fazer isso, dia a dia, comparar a diferença da sensação interna com a sensação interna da imagem projetada no futuro e comparar estas com a do dia anterior, para sentir uma efetiva, se bem que sutil, melhoria.

Antônio Azevedo

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